Festa de Aniversário

Faço anos estes dias. 

Marquei um jantar, convidei uns amigos e a família. Raramente faço alguma coisa no meu aniversário porque calha sempre perto do Natal. E por isso as pessoas estão sempre ocupadas com alguma coisa, estão sempre com muito trabalho, com muitos afazeres. Este ano decidi que ia fazer. Quem pudesse, muito bem. Quem não pudesse, paciência. 

S. disse que sim senhora, que ia apesar de não conhecer ninguém, mas não me faria a desfeita de não ir. A. disse que não iria porque não gosta do local em questão. Muito bem. 

Ontem soube que A. marcou um jantar para o mesmo dia e convidou S. e mais algumas pessoas que já estavam marcadas comigo. Não me convidou, nem me disse nada. E S. e os outros disseram que sim, que iriam ao jantar. Com ela e desmarcaram comigo. Sendo que são mais amigos dela que meus, percebo. Sendo que conhecem mais gente lá que no meu jantar percebo. O que não entendo nem consigo perceber é como marcam e desmarcam sem qualquer consideração por mim. 

Estou triste, desapontada, magoada com essas pessoas. Especialmente com A., amiga de longa data. E com S. que depois de tanta retórica do 'não te vou fazer a desfeita' desmarca comigo sem ao menos se preocupar com qualquer sentimento meu. 

Há coisas que não valem a pena. E há coisas que servem para fazer uma certa triagem das pessoas com quem nos damos, para conhecer melhor as pessoas. Se aprendi alguma coisa nestes últimos anos da minha vida foi que as nossas acções falam tão alto que as nossas palavras nem se ouvem.

Natal

Vou passar o Natal sem os piriquitos. 

Vou passar o Natal com o Home e os meus. 'Porque como é o 1º ano, passamos com os teus e para o ano é com os meus'. Esclareci logo ali que comigo não é assim... Eu passo o Natal com os meus. Podemos é dar um saltinho a casa de alguém para dar um beijinho. Como é pertinho, não se coloca esse problema. 

Vou passar o Natal sem os piriquitos. (E tenho que dizer isto em voz alta para me convencer e não me custar tanto.)

Ora, agora é fazer os doces e as sobremesas e as coisas todas!! E esperar que a balança não parta... :)

Desapontamentos

Fui buscá-los e como não tenho carro pedi que mos levasse à estação do comboio. O pai deles disse que, por motivos que não me queria explicar, não mos ia levar. Resolvi a questão, pedindo a um casal amigo que lá fosse por mim para não perder o comboio, para não os fazer ficar na estação às 11 da noite, para que chegássemos todos ao destino às 23.30 em vez de à 1 da manhã. Para que eles ficasse confortáveis na cama em vez de num comboio. 

E ele não deixou. E ainda ligou para o meu amigo a reclamar, a dizer que se não mos levava era 'para a lixar a ela, não tem a ver convosco'. Mas não te importas que os meninos fiquem na rua? que não tenham onde dormir? Se não têm onde ficar, problema dela! Olha, querendo tu ou não, não a deixo a rua. A questão é se mos deixas ir buscar ou não, contrapunha o meu amigo. Deixa estar, eu levo-os lá. 

E levou. Ou melhor, pediu à companheira que os levasse. Enquanto ele ficou na sala de espera do comboio a ver. 

Fiquei envergonhada! Perante os meus amigos, por ele ter ligado num tom tão agressivo, por ainda mostrar tanta raiva, perante mim por ter escolhido tão mal e, acima de tudo, pelos meus filhos que mereciam um Pai com valores morais melhor definidos. 

E pergunto-me que tipo de mulher se presta a este tipo de papel? Ah, já sei!! O mesmo que não se incomoda em atirar-se para os braços do marido de uma amiga... Está explicado! 

Coisas deles # 1

- Oh filho, a Mamã gosta tanto de ti!! Também gostas da Mamã?
- Mamã, 'sim' é só uma palavra

Enquanto me segurava o rosto com as mãos.

Ordem de trabalhos para o fim de semana

1 - Mimar os periquitos - Feito
2 - Tirar muitas fotos - Feito
3 - Fazer a volta do 28 - Feito
4 - Ir ao Fun Centre - Nop
5 - Mimar os periquitos - Feito
6 - Dormir (bastante) - Nop
E mais: Dançar com eles até cair, chorar de felicidade, ataques de cócegas de os fazer rebolar...

Vai ser um fim de semana bem preenchido... Foi mesmo!!

Fim de semana

Este fim de semana é de periquitos. E apetece-me mesmo estar com eles, de olhar aquelas carinhas lindas, sentir-lhes o cheiro, ouvir a voz deles e a ternura com que dizem Mamã. 

E já estou com o coração aos saltos de pensar que os vou ver, que vamos passear com os tios. E já estou com o coração apertado por não passar o Natal com eles.

Jantar

Apesar de chateados e do novo estatuto de amigos, fomos jantar a casa do meu Pai. O Home tinha-me pedido para tomar café à noite, mas na verdade não me apetecia vê-lo. Não me apetecia estar com ele, não queria porque sabia que ele queria falar de voltarmos e na verdade, não estava para lá virada. Nem estou.

Disse-lhe que não podia tomar café, que ia jantar. E depois acabei por lhe dizer que ia a casa do meu Pai e convidei-o para ir. E foi.

Mas continuo sem saber se terá sido pelo melhor. Afinal, este vai-vem, este começa e acaba cansa. Desgasta qualquer relação, desgasta qualquer sentimento. Penso se realmente estará pronto a assumir um compromisso comigo, se realmente até valerá a pena internamente assumir um compromisso com ele. Quando lhe levei as coisas ontem à hora de almoço, isso despoletou um sentimento que até agora não tinha sentido. De desapego, de perda definitiva.

Mas depois jantamos. E a afinidade que existe entre ele e os meus é evidente. O amor que se sente no ar quando olha para mim, desarma-me. E imagino que, desta vez, vai ser diferente. Como das outras vezes que acabamos, penso que desta vez foi a última que acabamos para reatar.

E é assim, nesta dicotomia de sentimento que estou. Entre o vai e o vem, entre o começa e acaba.

Sonhos

Hoje tive um sonho estranho. O Pai dos piriquitos tentava agarrar-me, perseguia-me, e eu corria assustada dentro de um sótão estranho, pequeno e cheio de pó e coisas amontoadas.

Acordei com uma sms do Home a reclamar não ter respondido à anterior. O Mundo não gira à tua volta, sabes? Ainda bem que me acordou. O sonho foi muito complicado e, mesmo sabendo que nada tem de premonitório, assusta-me senti-lo a perseguir-me nos sonhos.

Para isso já basta a vida real...

Homens

Namorada há meia dúzia de meses de um fulano giro, bem disposto que me faz rir. Mas sem classe. Com um horizonte de vida tacanho, minúsculo. Ciumento. Praticamente analfabeto. E amigo dos piriquitos! (Os meus filhos, de quem falarei depois)

A frequentar a minha casa, a casa dos meus e de repente, ai e tal, quero livrar-me de ti (má escolha de palavras, Home) como namorado mas não como amigo.

E levo com isto de manhã, ainda antes do pequeno almoço e do café.

Caramba!! Haja dó!

E agora? Com quem vou conversar quando acordar? Aliás, quem me vai acordar? E tu? A quem irás ligar quando acordares? Ambos sabemos que as coisas não são fáceis para nós, mas temos uma relação gira... Ou tínhamos...

1º Post

Para desabafar, para conversar em voz alta comigo mesma, para registar os meus estados de alma. Para isso criei este blogue. Não para ser lido por massas, não para me aborrecer. Para me libertar e exorcizar fantasmas.

Porque preciso disso

Desde já, obrigada a quem me vier a ler, quem quiser comentar, sinta-se à vontade.